quinta-feira, 29 de julho de 2010

Meninas normais merecem o pra sempre?

Tenho medo do sempre e tenho medo do amor. Tenho medo do provável. Tenho medo da ligação entre o amor, o sempre e o provável. Deixe-me explicar... Quando amamos, amamos com todo o nosso ser, nos doamos em troca de um sorriso, em troca da felicidade do amado. Quando amamos, fazemos promessas e prometemos cumprí-las pra sempre. Quando citamos o sempre, não imaginamos que o sempre pode acabar, ou simplesmente não existir. Não analizamos a probabilidade do amor pra sempre não durar uma semana, um mês. Tenho medo de que esse pesadelo seja real, e que realmente não exista o sempre. E me pergunto, quando eu era criança, acreditava no sempre, porque hoje não posso acreditar? Porque eu não levo a vida da Bela, da Cinderella, da Branca de Neve, ou até mesmo da Pequena Sereia? É simples responder essa pergunta, contos de fadas só acontecem nas histórias onde são encontrados príncipes, castelos, fadas. Eu não vivo em um castelo, não tenho uma fada madrinha e passo longe de ter um príncipe encantado. O que tenho é uma vida normal, vivo como uma dolescente que tem sonhos. Sonhos muitas vezes considerados pequenos, outras, grandes demais, mas sonhos que me movem e me fazem a cada dia querer viver. Não sou princesa... Amo andar com os pés no chão ou de meias. Não abaixo a minha cabeça pra tudo aquilo que escuto, muitas vezes discutindo com meus pais ou com pessoas que amo. Vejo graça do sem graça, choro pelo que não tem motivo, choro e rio do nada também. O nada, aliás, é uma grande fonte de sentimentos. Adoro cores, acho que se a vida fosse preta e branca, eu não gostaria de viver. Sou adepta a uns gritos, mas tudo no seu exato momento. Não sou extremamente baladeira, mas não suporto ficar muito tempo sem sair. Gosto de todas as formas de diversão, gosto de tirar fotos, mesmo não divulgando metade delas. Amo namorar, mas não é algo que me tire do sério ou que me faça uma falta absurda. Tenho todas as coisas no lugar. Fico confusa com coisas pequenas, mas apenas se não estiver certa daquela determinada situação. Tenho uma paixão louca por canetas, tenho canetas de todas as formas, tenho paixão por portugês e química, mas odeio física e não entendo matemática. Acho biologia interessante, mas não é pra mim, me interesso por história e geografia. Não sei que profissão seguir. Minha maior paixão, meu prazer, minha felicidade são os meus amigos e a minha família, com certeza eu não seria nada sem eles e não imagino a vida sem eles. Apezar da pouca idade, já vivi muitas experiências que essas sim são pra sempre. Tenho o péssimo hábito de esquecer das coisas nos momentos mais precisos e lembrar de tais quando não deveria. Tenho o péssimo defeito de me achar dona da razão, mas não imponho o que é certo no meu conceito para as pessoas, a menos que realmente seja algo com provas concretas. Defendo as minhas teorias, busco o meu objetivo. Quero mudar o mundo com a força das palavras, quero conscientizar as pessoas que o lugar delas é sagrado e que cada um deve fazer sua parte para acabar com a destruição da Terra. Tenho a qualidade do companheirismo, da amizade, da lealdade, da sinceridade. Sou preguiçosa e as vezes desleixada, mas não me faça levantar pra fazer algo com pressa, se for fazer, vou com sede de perfeição. Perfeccionista e um tanto chata, procuro que as coisas saiam com excelencia, mas não me aborreço se não for assim, a menos que saia uma verdadeira merda, com perdão da palavra. Não podia deixar de dizer que musica me move, tudo o que eu fizer, desde estudar até faxinar o quarto, qualquer coisa é feita por mim com uma melodia passando pelos meus ouvidos. Falo palavrões apenas se estiver muito irritada, tenho senso de humor, mas não acabe com o mesmo, posso ficar insuportável. Sei ser sínica, sonsa, me fazer de surda, te tirar do sério sem agir muito. Posso fazer qualquer pessoa me odiar, mas sei cultivar o amor no coração de cada um. Não agrado a todos e nem faço questão disso. Se eu for atrás de ti uma vez e você me negar um sorriso, serei eternamente grata, porque não quero ao meu lado alguém que não tem a capacidade de sorrir de volta. Sou educada, mas se eu estiver mal humorada, não reclame se te der um "oi" seco, acredito que você prefira isso aos meus ataques. Não sou linda, loira de olhos azuis ou verdes. Sou morena, baixa, olhos castanhos, cabelos curtos, adoro usá-los soltos, diga-se de passagem, não sou magra demais, e nem me considero muito gorda, preciso perder uns quilos, mas me aceito do jeito que sou. Acredito em Deus, e Ele sim é eterno na minha concepção. Não sou má, mas não acredito em tudo; sou lerda, mas não me considero tapada. Por isso, creio que não cairia no velho truque da maça envenenada. Como podemos observar e não sirvo nem pra entrar em um teste de princesa, mas queria voltar a acreditar no amor pra sempre, queria viver o "felizes para sempre", da minha maneira, com a minha eficácia, e com a minha capacidade de estimular a felicidade nas pessoas. Ser feliz sozinho é vazio demais, preciso sim do sorriso das pessoas pra sorrir.